Campeonato de Portugal de Ralis: José Pedro Fontes faz a festa na Madeira

A dupla José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroen C3 Rally2) sagrou-se, este sábado, vencedora da sexta prova do CPR (Campeonato de Portugal de Ralis), o Rali Vinho da Madeira, revelando-se a mais rápida e consistente, para terminar com uma diferença de 33,1s face ao campeão nacional em título, Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2). A nível absoluto, os madeirenses Alexandre Camacho e Pedro Calado, no Skoda Fabia Rally2 evo, somaram o seu sexto triunfo e terceiro consecutivo na competição organizada pelo Club Sports da Madeira, depois de baterem o italiano Giandomenico Basso (Skoda Fabia Rally2 evo) por uma margem de 20,6s, melhorando o recorde de vitórias que já lhes pertencia.

Líder do CPR desde sexta-feira, José Pedro Fontes manteve um bom ritmo e já sem ambições de discutir o primeiro lugar absoluto, centrou-se apenas no campeonato, para somar a sua primeira vitória da temporada. “Foi um excelente resultado e uma ótima operação a nível de CPR no que toca à luta pelo primeiro lugar, pois ainda restam duas provas de asfalto para o termo da época e estamos na disputa de um campeonato que queremos ganhar”, declarou o piloto da Citroen. A discussão do segundo lugar entre Armindo Araújo e Ricardo Teodósio (Hyundai i20 N Rally2) revelou-se interessante e durou toda a etapa. Este último começou na frente, mas antes da pausa de almoço já o seu rival estava na dianteira, para depois confirmar que era mais forte.

No primeiro dia errámos na escolha de pneus, mas hoje e sem problemas fomos aumentando o ritmo, conseguindo bons tempos, o que nos deixa bastante satisfeitos. Foi um rali em crescendo, que nos deixa boas perspetivas para o futuro…”, confessou o campeão nacional em título, ao passo que Teodósio se revelava conformado: “Demos um ‘toque’ na penúltima classificativa e o carro ficou bastante desalinhado. De qualquer modo, o balanço acaba por ser positivo, dado que ganhámos pontos ao nosso adversário direto e creio que estamos no bom caminho”

Embora mais rápido que no primeiro dia, o líder do CPR, Miguel Correia, não logrou recuperar posições, dada a diferença que o distanciava, tanto de Armindo como de Teodósio, mas nem por isso deixou de conservar a primeira posição no campeonato. “Este não é o resultado que esperava, mas continuamos na liderança do CPR. Nada está perdido, mas teremos que trabalhar muito para os dois próximos ralis”, declarou o piloto da Socicorreia.

Pedro Meireles (Hyundai i20 N Rally2) cumpriu o objetivo de rodar e fazer quilómetros na sua primeira prova de asfalto da temporada, bem ao contrário de Bernardo Sousa (Citroen C3 Rally2) que depois de ter batido no primeiro dia e ser penalizado em 2 minutos fez a recuperação possível, conseguindo o “top 10”. Paulo Meireles (Hyundai i20 N Rally2) cumpriu, igualmente, a sua “missão” de adquirir rodagem para as duas provas de asfalto que restam, um pouco à semelhança de Paulo Neto (Skoda Fabia Rally evo), em busca de confiança… depois de duas desistências consecutivas [Rally de Lisboa e Rali de Castelo Branco] por despiste.

No CPR 2RM (duas rodas motrizes), Hugo Lopes (Peugeot 208 Rally4) esteve intocável, dominando de fio a pavio na sua estreia nas classificativas de asfalto madeirenses, para, tranquilamente, levantar o pé na parte final e terminar com uma diferença de 18.6s para o estónio Joosep Nogene (Peugeot 208 Rally4), outra surpresa numa prova bastante competitiva, e assumir o comando do campeonato. E se Ricardo Sousa (Peugeot 208 Rally4), à semelhança de Lopes, também conseguiu, com o terceiro lugar final, um bom resultado a nível de campeonato, a grande reviravolta sucedeu ainda antes de terminada a “ronde” pelas quatro classificativas do dia, quando Kevin Saraiva, que discutia o segundo lugar com Nogene, ficou atravessado numa zona crítica e sem que alguém tivesse avisado o concorrente seguinte (Ernesto Cunha), este acabou por não evitar a colisão. De uma assentada, Saraiva (3º) e Cunha (4º) ficavam pelo caminho, depois de já antes Rafael Cardeira também ter sido forçado a desistir, devido a sobreaquecimento no motor do Renault Clio 3RT. Gonçalo Henriques (Renault Clio Rally4) saltou, deste modo, para a quarta posição final, na frente do ucraniano Anton Korzun (Peugeot 208 Rally4) e de Manuel Pereira (Peugeot 208 Rally4).

Classificação geral final (oficiosa)

1º, Alexandre Camacho/Pedro Calado (Skoda Fabia Rally2 evo), 1.49.32,2

2º, Giandomenico Basso/Lorenzo Granai (Skoda Fabia Rally2 evo), a 20.6s

3º, José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroen C3 Rally2), a 50.4

4º, Simone Campedelli/Tania Canton (Skoda Fabia Rally2 evo), a 1.02.9

5º, Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia RS Rally2), a 1.23.5

6º, Diego Ruiloba/Angel Vela (Citroen C3 Rally2), a 1.25.8

7º, Ricardo Teodósio/José Teixeira (Hyundai i20 N Rally2), a 1.42.0

8º, Miguel Correia/Jorge Carvalho (Skoda Fabia Rally2 evo), a 2.41.0

9º, Pedro Meireles/Pedro Alves (Hyundai i20 N Rally2), a 3.39.3

 10º, Bernardo Sousa/José Janela (Citroen C3 Rally2), a 4.29.5

    11º, Miguel Caires/João Miguel Sousa (Skoda Fabia R5), a 5.03.9

12º, Paulo Meireles/Marcos Gonçalves (Hyundai i20 N Rally2), a 5.07.5

13º, Paulo Neto/Nuno Mota Ribeiro (Skoda Fabia Rally2 evo), a 6.22.5

2RM

1º, Hugo Lopes/Tiago Neves (Peugeot 208 Rally4), 2.01.04.5

2º, Ralf Nogene/Aleks Lesk (Peugeot 208 Rally4), a 18.6s

3º, Ricardo Sousa/Luís Marques (Peugeot 208 Rally4), a 39.8

4º, Gonçalo Henriques/Gonçalo Cunha (Renault Clio Rally4), a 56.6

5º, Anton Karzun/Pavlo Kononov (Peugeot 208 Rally4), a 1.52.1

6º, Manuel Pereira/Pedro Magalhães (Peugeot 208 Rally4), a 5.49.4