Meeke em busca da redenção

Afigura-se mais desafiante do que nunca a sexta prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), tendo como palco, este próximo fim de semana (31 julho/2 agosto), as belas e “exigentes” classificativas da ilha da Madeira. Kris Meeke (Toyota GR Yaris Rally2), detentor do título e líder destacado do campeonato, procura redimir-se dos seus maus resultados nas duas últimas edições insulares, enquanto Dani Sordo (Hyundai i20 N Rally2) vai correr pela primeira vez na Pérola do Atlântico, o que significará uma desvantagem face aos seus adversários do CPR. Nesse contexto, têm a “palavra” Armindo Araújo (Skoda Fabia RS Rally2), José Pedro Fontes (Citroen C3 Rally2) e Ricardo Teodósio (Toyota GR Yaris Rally2), grupo a que se juntará o jovem Hugo Lopes (Hyundai i20 N Rally2). Pedro Almeida (Skoda Fabia RS Rally2), o vencedor do CPR no Vodafone Rally de Portugal, decidiu fazer uma pausa na sua carreira para reflexão, sendo, por isso, ausência de vulto no rali insular.

O grande desafio de Meeke, depois de vencer as três primeiras provas da época e dominar as duas seguintes, nas quais registou uma desistência (problemas mecânicos) e um segundo lugar, será repetir na Madeira a superioridade que tem evidenciado: foi o mais rápido em 69,2 por cento das classificativas disputadas (52). E, em paralelo, resta a incógnita do que será capaz Sordo na estreia, face a uma concorrência fortíssima na discussão da vitória.

Simone Campedelli (Skoda Fabia RS Rally2) e Diego Ruiloba (Citroen C3 Rally2), este último vencedor da edição anterior do rali madeirense, são os pilotos convidados para a “festa”, mas candidatos ao pódio são também os mais rápidos e bem equipados pilotos do Campeonato de Ralis CORAL da Madeira: Miguel Nunes (Skoda Fabia RS Rally2), João Silva (Toyota GR Yaris Rally2) e Miguel Caires (Skoda Fabia RS Rally2), os quais, à semelhança de 2025, voltam a receber a “companhia” de Alexandre Camacho. Este último, o recordista de vitórias no Rali da Madeira (seis triunfos), ainda que em 2025 não dispute o campeonato local, estará aos comandos de um Hyundai i20 N Rally2 na prova mais importante da época para os madeirenses.

Muito embora tanto os convidados como os locais não “roubem” pontos aos seus adversários do CPR, a verdade é que ninguém, dos nomes já referidos, quer ficar em segundo plano no “sprint” mais longo da época: 177,56 quilómetros ao cronómetro em 13 classificativas.

Não menos aliciante, em termos de competitividade, será o CPR 2RM (duas rodas motrizes), que junta na Madeira os principais candidatos à sucessão de Gonçalo Henriques. A primazia é dos pilotos dos Peugeot 208 Rally4, com Ricardo Sousa na liderança, depois de vencer as três últimas provas, secundado por Henrique Moniz e Guilherme Meireles. Numa prova tão exigente e extensa, tudo pode acontecer na luta pelo primeiro lugar… para a qual se perfila um número alargado de candidatos.